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  • Foto do escritorAndré Silveira

Vote! Vote!

Dia 25 de Outubro é o dia mais importante para os Açores nos últimos 20 anos. Estamos perante uma encruzilhada determinante para as próximas décadas, eu diria para o próximo meio século, e que irá determinar o que os Açorianos querem para a sua terra. Não é exagero dizer que talvez sejam as eleições mais importantes depois das primeiras Regionais em 1976 e da vitória de Carlos César em 1996. Se nas primeiras era o sedimentar da nossa Autonomia, em 1996 encerrou-se um ciclo de fortíssimo desenvolvimento da Região que Carlos César num primeiro e segundo mandato até conseguiu manter, mas que depois sucumbiu à tentação do poder pelo poder e ao serviço dos interesses instalados. Interesses esses, que se mantiveram até do dia de hoje. Eu, jovem, festejei a vitória de Carlos César. Os Açores precisavam desesperadamente de alternância democrática. Tal como festejarei quanto tal acontecer na Madeira, e como festejarei dia 25 a queda de um sistema que atrasa o desenvolvimento da minha terra.

Na verdade, a escolha é razoavelmente simples: Manter as coisas como estão, que na verdade é aceitar a degradação de inúmeros fatores e indicadores nos Açores, ou, mudar. Ninguém pode acreditar que um regime com quase um quarto de século consiga per si a renovação necessária para ideias novas, e a disrupção necessária para verdadeiramente romper com um enorme conjunto de políticas que têm atrasado os Açores, muito menos que saia agora uma visão diferente para a nossa terra. Numa empresa quando é necessário mudar radicalmente, muda-se o CEO (não como o Vasco Cordeiro mudou de CEO’s da SATA nos últimos 12 anos, mas essa é outra história). Vasco Cordeiro era a esperança de renovação do PS Açores. Recordo que muitos dos que hoje o contestam internamente, foram os seus maiores apoiantes. Ingenuidade bem intencionada, diria. Foi escolhido a dedo por Carlos César, como todos sabem. Para mim, que critiquei publicamente muitas vezes Vasco Cordeiro como Diretor Regional, nada deste desfecho foi surpresa. Foi apenas o PS a ser o PS, com Carlos César no comando. A desilusão entre muitos que acreditaram é evidente na falta de mobilização do partido nesta campanha eleitoral e no pior programa eleitoral que apresentaram nas últimas décadas. Cheira mesmo a fim de ciclo até no próprio PS Açores.

Dia 25 poderá ser o começo de uns novos Açores, com nova gente e com uma nova geração. Votar em Vasco Cordeiro e no PS é nivelar por baixo, é o voto da resignação e é o voto da abstenção que irá ganhas as eleições como já é habitual. É determinante que todos se envolvam e, pelo menos, votem.

André Silveira

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