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  • Foto do escritorDaniel.Pavao

“A força da Autonomia”

Lembram-se? A frase, bonita, tenho de admitir, empolgou o PS dos Açores durante a campanha de 2016 e todos nos lembramos de Vasco Cordeiro deixar-se fotografar abraçado à bandeira da Região no final de cada comício. Em termos de imagem e impacto visual, dificilmente teremos melhor nos próximos anos e resultou em pleno para as eleições de então. Só que, menos de 4 anos depois, levámos toda uma biqueirada do centralismo socialista, de lá, onde realmente dói! Afinal, “A Força da Autonomia” foi só para consumo interno. Quando precisamos de a sentir verificámos que nunca existiu. Na verdade, todo o conceito autonómico não passa disso mesmo - uma sensação. A sua valorização sempre valeu pelo contraste do que não existia e não pela sua real valia. Deixaram-nos ter um governo e um parlamento próprios para nos irmos entretendo a brincar aos políticos mas sem poder efetivo. O caso mais recente é paradigmático, como outros o foram no passado, e pior do que a fraqueza efetiva da Autonomia é andarmos a enganar-nos durante todos estes anos.

“A via Açoriana” Tudo começou quando já estávamos com a corda no pescoço mas não o queríamos admitir perante a avalanche que assolava o país. O eterno vice-presidente lançou “A via Açoriana” e todo o PS dos Açores o seguiu. Como sempre, o impacto sentido no continente português, provocado pela crise iniciada em 2008 nos Estados Unidos e amplificada pelos desvarios de Sócrates, chegou cá depois. Nas eleições de 2012 - e em contraste com as políticas seguidas por lá – vivia-se a “Via Açoriana” a crédito perante o crescimento causado pela era dourada da construção civil nos Açores. Uma era que se pensava eterna e que acabou naquele mesmo ano. As obras estavam feitas e era preciso pagar o que não se tinha pago até ali. A fatura foi e está a ser pesada. Os anos foram passando e ainda hoje há quem nos queira convencer que a via escolhida foi a melhor. Os de então, os mesmos de hoje, contemplam-nos mais uma vez com a “Via Açoriana” e a “Força da autonomia”: A mão estendida perante a República, a burocracia que alimenta a máquina, linhas de crédito que irão encher os bolsos da banca e a expetativa que em outubro terão mais quatro anos para irem tratando da sua vida.

Boletim diário Todos os dias, a toda a hora e a cada momento, somos bombardeados com informação sobre a evolução da pandemia através dos órgãos de comunicação social e entidades competentes e, mesmo assim, há parvalhões que acham que as mensagens do Watsapp e as correntes do Facebooksão a melhor fonte informativa para enfrentar a crise. Enfim! Para além de toda esta iliteracia associada a muita parvoíce e estupidez, ainda levamos com muitos pequenos ditadores que todos os dias mudam de opinião, exigindo isto ou aquilo, depois de consultarem as suas fontes do Watsapp e Facebook. Cuidado com eles.

Uma questão Quando substituíram o ex deputado do PSD-A Rui Luís, não repararam no Tiago Lopes? O rapaz não passou de bestial a besta ou coisa parecida quando se iniciou a pandemia. A sua mais valia é a de ser um tipo normal, com formação adequada ao lugar que ocupa e que consegue manter a calma quando é preciso. Características que contrastam com a maioria dos que que se arranjam para lugares daqueles. Daniel Pavão

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