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  • Foto do escritorDaniel.Pavao

Barretes

Queria aproveitar algumas linhas para agradecer a todos os leitores que semanalmente (ou quase) se dão ao trabalho de me ler, desde os que o fazem por azar ao folhearem o jornal aos que recebem os artigos por via dos seus assessores de imprensa pagos com os impostos de todos nós. Mas acima de tudo quero agradecer aos que, livremente, decidiram partilhar numa rede social o artigo intitulado “Um governo que é uma anedota”. There ir no such thing as bad publicity como dizia o outro. O Carnaval já lá vai e nestas coisas é preciso levar a opinião sincera de alguns com boa disposição e houve, inclusive, quem o fizesse. Outros enfiaram o barrete e amuaram. Prefiro os primeiros. Mas adiante! Uma das anedotas contadas no artigo foi sobre o avião dos chineses. Não me constou que algum dos intervenientes no assunto se chateasse com aquilo que escrevi, contudo o episódio incomodou muita gente. Incomodou as redes sociais que explodiram com a especulação típica, incomodou a oposição que quis obter respostas e incomodou essencialmente o governo e o partido socialista. As redes sociais, apesar do abrandamento dos dias continua a especular, a oposição ficou sem respostas às perguntas que tinha para fazer, o partido socialista fez o típico frete ao governo e a senhora secretária foi parar à prateleira. A partir daqui só dirá aquilo que lhe for dito para dizer como quase todos os seus colegas de governo.

Banalidades Sempre idealizei a política e os governantes da seguinte forma: Um político ou governante não se deve fazer notar pela sua ausência ou pela sua presença. No entanto, (quase) todos fazem precisamente o contrário. É recorrente folhear um jornal, ouvir ou ver os noticiários e deparar-me com alguma banalidade que ocorreu protagonizada pelos nossos governantes. Desde inaugurações a lançamentos de primeiras pedras, passando por homenagens ou cumprimentos o ritual repete-se até ao dia em que algo corre mal e o governante desaparece. Não conheço os gabinetes governamentais (ou autárquicos) ao pormenor, mas acredito que qualquer um deles foi montado para uma ter vertente mediática em detrimento da vertente técnica. E por essa razão estamos como estamos.

Virgens Estes dias também serviram para me divertir com reações ao que vou escrevendo. Há quem de forma extremamente surpreendente ache que eu faço política do “bota abaixo”. Eu até pergunto como e quando mas ninguém se alonga na explicação e lembrei-me de meditar sobre o assunto”. Pelo que me foi dado a compreender por alguns, uma crítica feita ao Governo de Vasco Cordeiro é política do “bota abaixo”, mas se alguns acólitos socialistas criticarem o presidente do PSD Açores estamos perante a maturidade democrática na sua plenitude. Outros, uma larga maioria de açorianos, acha que a oposição é frouxa e, por isso mesmo, fica em casa ou vota nos mesmos. No entanto, uma fração dessa mesma oposição considera que uma crítica a quem efetivamente botou abaixo esta região a vários níveis é a política do “bota abaixo”! O que a realidade nos mostra é que em vez de se ouvir e se tentar perceber os silêncios da abstenção, estes paladinos deixam-se enredar pelos flautistas do regime e, quem sabe, estará aqui a explicação para demasiados desastres eleitorais e para a “mó de baixo” do maior partido da oposição.


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