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  • Foto do escritorDaniel.Pavao

Discussões

Quem me conhece sabe que nunca digo que não a uma boa discussão. Não sou de brigas mas tenho um gosto especial pela “troca de ideias”. Dizem-me que sempre fui assim. É provável. E tirando o futebol, a política é o tema que mais vezes surge ao barulho. Sempre me assumi portista e sempre me assumi militante do Partido Social Democrata. Nunca gostei de um país pintado de vermelho e rosa e sempre comparei o Benfica com o Partido Socialista. Conheço poucos benfiquistas que conseguem reconhecer mérito nos seus adversários e conheço ainda menos socialistas que dão o benefício da dúvida a algo que não venho da boca do chefe. Num país tipicamente benfiquista, os outros só ganham por causa dos árbitros e da fruta e de outras tretas e vivemos num país que já entrou em bancarrota três vezes, todas pela mão do Partido Socialista e que, mesmo assim, continua a culpar o capitalismo e o liberalismo pelos seus sucessivos falhanços.

Socialismo de varanda

Ninguém vota no socialismo cá ou noutro qualquer sítio. Votam naqueles que lhes dão aquilo que se retirou aos restantes. Uma parte da esquerda acha que a propriedade é um roubo. Eu acho que os impostos é que o são. Outros, menos à esquerda, consideram que a riqueza deve ser redistribuída. Eu acho que só se pode redistribuir a riqueza quando ela existe e que só pode existir através do capitalismo e da livre iniciativa dos cidadãos. Uns acham que o estado deve apoiar aqueles que mais precisam. E eu também. E, por incrível que pareça, a maior discussão que posso ter com algum socialista, ou com alguém do outro lado do muro de Berlim, é quando digo que o estado deve, sem dúvida alguma, ajudar quem precisa. Para quem apenas ouve o que o chefe lhes diz não é fácil perceber que afinal, gente como eu, pode acreditar que deverá existir sempre uma parte vinda dos nossos impostos para a utilização comum dos cidadãos. Resumindo, ninguém quer o socialismo para si. Mas adoram vislumbrar o socialismo da sua varanda dourada.

E os outros?

São poucos aqueles que se atrevem a dizer que são de direita ou mesmo liberais. É quase pecado assumir-se como liberal nesta terra. Nesta terra todos se assumem como socialistas. E aqueles que não o são no papel querem-no ser de uma forma ou de outra. Querem-no ser porque é mais fácil. Porque pode-se mandar. Porque pode-se esbanjar o dinheiro que nunca deixa de vir. Porque sim. E é por isso que discuto mais vezes dentro do PSD do que fora dele, porque (quase) todos querem ser “socialistas”. Para poderem governar como o Partido Socialista. Para dominar a sociedade e implementar aquilo que uma ou outra mente menos iluminada acha que deve ser implementado mas, entre a cópia e o original, o original é sempre menos mau. Contudo, o discurso à esquerda é sempre mais doce. Mais afável e dá menos trabalho a justificar. Fica bem nas manchetes e nos discursos e, quando falha, pois falha sempre, aponta-se o dedo ao capitalismo. Ainda esta semana, no Correio dos Açores, um investigador da Universidade dos Açores atribuiu culpas ao capitalismo pelos números da pobreza nos Açores. Ao Capitalismo? Numa Região governada por um partido socialista há 23 anos?

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