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  • Foto do escritorDaniel.Pavao

Popstar

A atual pandemia tem tido de tudo. Já tivemos o momento “vamos morrer todos”, o momento da vergonha trazido pela xenofobia generalizada, o momento “agarra-me que eu vou-me a eles” de Vasco Cordeiro e, por estes dias, presenciamos o fenómeno popstar de Tiago Lopes. Acreditem que com a expressão não o estou a criticar. Estou a avaliar por baixo – bem por baixo - quem o rodeia nos cargos de topo no Governo Regional. O diretor regional é um tipo normal, com formação adequada ao lugar que ocupa e que consegue manter a calma quando é preciso. Características que contrastam com a maioria dos que que se arranjam para lugares daqueles. Apesar de estar simplesmente a fazer o seu trabalho, muitos açorianos elevaram-no a um patamar que provavelmente nunca vimos por estas ilhas com direito a clube de fãs e tudo. Não sei se é apenas parvoíce momentânea ou se as expetativas estão tão baixas que algo que fuja à mediocridade permanente, torna-se espetacular. Comparem-no com a chefe – ou com tantos outros - e tirem as vossas próprias conclusões.

Regras do jogo Este hábito cada vez mais açoriano de nos espantarmos frequentemente e a toda a hora foi sendo adquirido ao longo de demasiado tempo. Há pouco mais de 6 meses fomos atingidos por uma catástrofe natural, de proporções bíblicas segundo alguns, que nos deixou de coração nas mãos. Mas algo a que já deveríamos estar habituados rapidamente tornou-se em algo de extraordinário e gerido com uma mestria tal que silenciou a oposição, a comunicação social e a quase totalidade dos comentadores de turno com o gasto propósito de a política ficar para depois. Um truque demasiadas vezes ensaiado pelo partido socialista e que validou a demagogia de Vasco Cordeiro e António Costa. Foram prometidos milhões que nunca chegaram e o momento da política esfumou-se. Tudo o que ficou por perguntar e responder ficou por perguntar e por responder. Se a isto somarmos a frequente “coaçãozinha” que vai caucionando a via açoriana, temos a explicação pelo retorno de algum estado de graça do Presidente do Governo Regional e à sua gestão. Funcionou e está a funcionar.

Deveres Depois de muita decisão tomada creio que chegou a hora de algumas perguntas serem feitas a quem de direito. Contudo, as respostas têm de ser dadas por alguém acima na folha de pagamento do diretor regional. A senhora secretária tem de começar a deixar o seu papel de fiel de armazém do regime e começar a assumir a responsabilidade que lhe foi atribuída inicialmente por Vasco Cordeiro. Seria bom que nos esclarecesse sobre os stocks do material necessário para o combate a esta epidemia a 31 de dezembro de 2019 e a 29 de fevereiro de modo a serem comparados aos de hoje. Não nos podemos esquecer que foi a última Presidente da Saudaçor, a sociedade gestora dos recursos e equipamentos de saúde na região, entretanto extinta e que nos deixou uma dívida de 700 milhões de euros. Alguém com este currículo deveria ter alguma cautela em anunciar com pompa e circunstância a chegada de uma pequena migalha em EPI para combater a COVID-19. Se calhar é por isso que a nossa popstar açoriana acha que os testes e as máscaras, por si só, não resolvem nada.

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